quinta-feira, 5 de agosto de 2010

FILOTES

O que existe que é só meu?
Com você eu dividi tudo,
Quase tudo que eu tenho.
Com certeza existe alguma coisa minha.
Ainda só minha.
Me falta descobri o que.
Já dividi, cama, amores, amigos...
A cama não foi difícil.
Foi até mesmo prazeroso
O néctar do seu pau que me enchia de gozo
Santo gozo santo.
Meus amores tornaram sua fantasia,
E isso você partilhou comigo.
Tornaram também minha fantasia,
Seus casinhos medianos.
Agora se há algo que me dói ao lembrar,
Cogitar ou mesmo “pesadelar”
É dividir o que é só meu.
Os amigos não são só meus.
Não esses velhos que nós temos.
Até meu sonho não é só meu.
Machuca “alguma coisa dentro de mim”
Cogitar que não há o que seja meu segredo.
Pensar que sou uma Teresa.
Será?

2 comentários:

  1. Esse texto traduz uma verdade e sensibilidade, que sentimos poucas vezes ao ler algo.
    Parabéns pela experiência e pela escrita.

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  2. Nossa! Que bundão desse cabra!
    Tem como trocar com a minha não, cacete?

    Dé,
    Texto sensível.
    Amei, de verdade.

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