segunda-feira, 20 de setembro de 2010

BH, 2 DA MANHA, VISTA PELO SANO DEBRUÇADO NA JANELA

A cidade anda em par
Corre só
Anda louca
E um Sano na janela diverte-se
Um sádico delira com as batidas
Casais, carros, construções
Sexo andando nas ruas
O cara para na esquina, o carro desce
Pares
Um Sano na janela voyerisa
Morros, casarões e um sujeito aleijado
Oriental se mistura em quadra ao pop do oriente
O cara da esquina some
O Sano punhetisa o momento
De repente vê-se o só
Um apito
O par aparece, corre do som
O som corre no silêncio fúnebre da cidade que movimenta
Um, dois, três, incontáveis vais-e-vens
Quanto mais, todos iam e não voltavam.

3 comentários: