sábado, 22 de maio de 2010

Saudade do meu lar



Esse pomar que cultivei já não mais me dá deliciais
Na verdade, talvez, não tenha sido eu que o plantou
Ele se deu ao acaso dos pássaros e ventos.

Mãe, quero voltar ao seu colo
Porque o amor que um dia entreguei
Vejo hoje se desfazer em mim
Como as flores no ápice de outono

Pai, me aceite de volta ao lar
A colheita que me restou
Aquela que os pássaros ou tempo não findou
Já não me dá como alimento

O mesmo que semeou
O mesmo que destruiu
Alguém me ajude a encontrar um novo terreno
No qual eu possa cultivar novos frutos

Mãe me aceite de volta,
Pai me dê colo.

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